O que o bebezinho na barriga sente quando a mãe é estressada?

A gravidez pode significar grandes mudanças emocionais na futura mamãe, como alterações de humor ou então sentir-se incrivelmente ansiosa. Tudo isso pode elevar os níveis de estresse das mulheres e também afetar a saúde do bebê, de acordo com alguns estudos.

Estresse enfrentado por mulheres durante a gravidez pode afetar o bebê já a partir da 17a. semana após a concepção, com efeitos potencialmente nocivos sobre o cérebro e o desenvolvimento, de acordo com uma nova pesquisa. O estudo é o primeiro a mostrar os efeitos nocivos dos hormônios do estresse (o cortisol) da mãe sobre o bebê em um estágio tão inicial da gestação.

Redução de QI

Os resultados, publicados no Clinical Endocrinology Journal, aparecem depois que uma pesquisa realizada com animais mostrou que os altos níveis de estresse em uma mãe durante a gravidez podem afetar o funcionamento do cérebro e o comportamento de sua prole, e outras evidências sugerindo que o estresse materno em seres humanos pode ter consequências sobre o desenvolvimento da criança, incluindo a redução de seu QI.

Ainda não se sabe, no entanto, como isso acontece e as implicações para o feto, tanto antes como após o nascimento. Os autores do estudo dizem que são necessárias mais pesquisas para isso. Os cientistas acrescentam que não querem "preocupar demasiadamente as grávidas", mas destacam a necessidade de se levar um "estilo de vida saudável e equilibrado" para evitar o estresse geral.

Lado positivo

O estresse não possui somente o lado negativo. Quando bem dosado, pode ser saudável. Uma pesquisa da Universidade de Basel, na Suíça, analisou algumas mães com elevados níveis de cortisol durante a gravidez e como isso influenciou seus bebês durante a gestação. A conclusão é que isso teria feito com que os genes receptores do hormônio oxitocina fossem ativados mais facilmente nas crianças, o que poderia provocar uma adaptação em seu corpo para lidar melhor com situações adversas desde cedo, tornando-o mais resistente a doenças físicas e psicológicas.

Fontes: The Guardian , Bolsa de Mulher

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