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A jovem que transformou o hijab em emoticon

Momento Lifetime
Por Lifetime Brasil el 23 de July de 2022 a las 00:30 HS
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Rayouf Alhumedhi, uma jovem árabe de 16 anos e residente na Alemanha, conseguiu trazer reconhecimento mundial ao hijab. A jovem fez uma proposta inovadora na sua luta pela pluralidade global, pela visibilidade de um coletivo e pela diversidade de etnias e raças.

 

Rayouf Alhumedhi, nascida na Arábia Saudita e morando há cinco anos na Alemanha, se deparou com um problema que nunca tinha notado ao falar com amigos pelo WhatsApp. Eles estavam se descrevendo com emoticons quando ela percebeu que nenhum dos presentes conseguia identificá-la. Foi assim que surgiu a pergunta: por que não havia um emoji de uma mulher com um hijab?

 

A jovem pesquisou como poderia introduzir o emoticon e descobriu que deveria apresentar seu emoji à Unicode Consortium, organização responsável por selecionar e incluir os novos símbolos em futuras atualizações.

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A proposta foi vista por uma jornalista americana do The New York Times, Jennifer 8. Lee, que também participa da Unicode Consortium. O fato lhe chamou a atenção, já que ela acreditava que o emoticon deveria existir.

 

Por isso, a jornalista aconselhou Rayouf que melhorasse sua proposta e incluísse razões embasadas que explicassem por que ela acreditava que era necessário um emoji desse tipo. Dentre seus motivos, a jovem argumentou que mais de 550 milhões de mulheres usavam o hijab todos os dias e que não tinham nenhuma outra forma de representá-las nas redes sociais. Além disso, afirmou que era um modo de “promover indiretamente a tolerância, já que cairia a ficha das pessoas de que as mulheres que usam o véu não são apenas pessoas que aparecem nos noticiários”.

 

Jennifer decidiu entrar em contato com uma designer da Aphee Messer para que criasse um esboço profissional do emoji desejado. Ela também incluiu Alexis Ohanian, cofundadora do Reddit na história. Alexis assinou a proposta como coautora, algo que lhe dava um grau extra de profissionalismo.

 

Desse modo, a Unicode aceitou a proposta em novembro do ano passado. E há poucas semanas, incluiu seus emojis na versão 10.0.

 

Dentre os impactos causados pela introdução do emoji, há quem diga que é uma forma de visualizar uma forma de opressão masculina em relação às mulheres nas redes sociais.

 

No entanto, trata-se de uma realidade para muitas mulheres, que o usam diariamente e se identificam com ele.

 

E você, qual é sua opinião?

 

 


Fonte: LaVanguardia