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A incrível jornada da ex-faxineira que se tornou juíza de Direito

Momento Lifetime
Por Lifetime Brasil el 23 de July de 2022 a las 00:30 HS
A incrível jornada da ex-faxineira que se tornou juíza de Direito-0

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Negra, pobre, filha de retirantes nordestinos, Adriana Maria Queiróz, 38, parecia fadada ao que milhares de pessoas nas mesmas condições vivem hoje em dia: trabalhar na “base da pirâmide social” por falta de oportunidades de crescimento.


Mas essa é uma surpreendente história de luta e superação. E com um final feliz.  


Resolvida a mudar a realidade em que vivia, Adriana arregaçou as mangas e foi em busca de seu sonho: estudar Direito. No princípio teve que trabalhar como faxineira na pequena cidade de Tupã, a 450 km de São Paulo, para ajudar a pagar a faculdade. Nesse momento sentiu na pele a dor do preconceito. 


“Muitos me ridicularizavam por limpar o chão e estar frequentando a faculdade de Direito. Algumas pessoas insinuavam que lugar de pobre e negro é limpando o chão e não na faculdade. Ainda mais a de Direito.”


Mesmo depois que obteve o diploma, Adriana não sossegou. A meta agora era virar juíza de Direito – atividade que, segundo ela, poderia ajudar a interferir positivamente na vida das pessoas em contexto de injustiças sociais. 


Ela sabia que a jornada não seria fácil. Para se preparar para o concurso público, que é concorridíssimo, veio a São Paulo fazer um cursinho específico. Vivia com o pouco dinheiro de um emprego que largou para se dedicar exclusivamente aos estudos. 


Em 2011, o sonho finalmente virou realidade: Adriana foi aprovada para a função de juíza da 1ª Vara Cível e da Vara de Infância e da Juventude de Quirinópolis, no interior de Goiás. 


Hoje ela figura entre os pouco mais de 15% de pessoas negras que atuam na área do Direito.


Seis anos depois de assumir o cargo, a juíza lança um livro com sua história de luta:  Dez Passos Para Alcançar Seus Sonhos – A História Real da Ex-Faxineira que se Tornou Juíza de Direito (Ed. Novo Século).  


O conselho de Adriana é bem simples: “Não devemos permanecer estagnados em condições desfavoráveis se podemos desafiar nossas limitações e sair em busca de melhores condições”. 

 


Fonte: Claudia 

Imagem: Divulgação