Adeus, chapinha! Brasileiras aderem (finalmente) ao cabelo natural!
De acordo com dados do IBGE, o Brasil tem 53,6% de sua população composta por pessoas negras ou pardas.
Mas, por aqui, o padrão de beleza eurocêntrico adotado pela indústria de cosmético fez com que o país se tornasse uma potência mundial em alisamento de cabelos crespos.
E por muitas décadas foi assim. Era comum ver cenas de pessoas em salões, bocas e narizes tapados, para evitar respirar os vapores que os produtos químicos para alisamento exalavam – muitos à base de formaldeídos. Boa parte das mulheres negras já alisavam o cabelo há tanto tempo que nem sabiam mais como era forma natural.
Agora, ao que parece, essa tendência finalmente ficou para trás e cada vez mais brasileiros estão adotando seus cabelos naturais!
E sabe por que essa é uma boa notícia? Porque é sinal de que há, efetivamente, um empoderamento de pessoas negras por aqui, o que ajuda a assumir as características naturais de cada um! Assumir o cabelo crespo significa abraçar origens e se orgulhar delas.
O resultado disso já aparece nas estatísticas:
• O número de pessoas que se identificam como negras ou pardas cresceu 15% em quatro anos, de acordo com o Censo de 2016.
• O mercado de produtos de beleza para pessoas negras cresce 20% ao ano – muitos deles voltados a quem está fazendo a transição do cabelo alisado para o natural.
• A busca por “cabelo afro” no Google triplicou em dois anos.
Claro que nem tudo está perfeito. O desequilíbrio racial ainda é notório no país, com pessoas brancas ganhando 50% a mais que as negras. Além disso, negros e pardos ainda são 70% do total de assassinados por aqui.
Nesse contexto, o cabelo afro se torna muito mais que um estilo: é um símbolo de resistência, um ato político.
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Fonte: Washington Post